terça-feira, 18 de agosto de 2015

Sobre a Cura




A cura é um assunto bastante polêmico hoje em dia, assim como o amor ou Deus. Algo que é completamente natural nos seres vivos se tornou um verdadeiro tabu, por causa da percepção distorcida que se tem sobre ela.

Legalmente, só os profissionais de saúde estão capacitados a falar sobre o tema, sempre em concordância com a ciência oficial e os órgãos regulamentadores. Excetuando esses profissionais, se alguém proclamar que conhece ou aplica qualquer método de cura será considerado um charlatão e poderá ter sérios problemas legais. 

Portanto, vou me valer do fato de ser médica e abordarei esse tema muitas e muitas vezes. Só que darei uma visão expandida da questão, levando em consideração a Medicina Tradicional Chinesa, outras terapias complementares e principalmente os estudos sobre a consciência e espiritualidade.

É urgente que o maior número de pessoas tenha contato com essas ideias, para que se apoderem da sabedoria hoje perdida de como desfrutar de saúde plena.

Quando alguém se sente doente ou recebe um diagnóstico médico qualquer, costuma questionar sobre as causas da sua moléstia. Surgem as famosas perguntas: “Como peguei isso”? “Quem vai me curar disso”? “Quando serei curado”?

Essas indagações refletem uma visão de mundo materialista e cartesiana, que vigora há mais de trezentos anos e que é a maior responsável pelo número assustador de doentes no mundo.

A grande maioria das pessoas entende a doença como sendo o resultado de algo externo a elas, como, por exemplo, os micróbios, os alimentos ou a mudança de clima.

Outros atribuem seus males à genética, que seria um fantasma herdado dos pais do qual não se tem escapatória. 

As doenças ganharam identidade própria quando foram batizadas pela medicina. Falamos, então, “do diabetes”, “do câncer”, “do infarto” como se fossem alienígenas invasores dos nossos corpos e que, da mesma forma, devem ser extirpados por alguém.

Essa visão torna a sociedade a cada dia mais doente, pois isenta o ser humano da responsabilidade sobre a própria saúde. O doente se sente como vítima da doença e desativa o seu poder natural de autocura que pode auxiliar em muito as terapias convencionais.

O corpo e a mente não estão separados como se pensa. Estão totalmente integrados e a este complexo chamamos sistema corpomente. Este, por sua vez, possui um sistema natural de autorregulação que se encarrega de nos manter saudáveis. Por essa razão, um corte na pele cicatriza espontaneamente, um resfriado ou uma diarreia se resolvem sem medicamentos. 

Há uma inteligência que ordena esses processos de cura e ela se chama informação. Cada célula do corpo contém toda a informação que precisa para se reparar, porque contém toda a informação do Universo em si, de maneira holográfica. Hologramas são imagens tridimensionais obtidas por interferência de raios laser. Os hologramas possuem uma característica única: cada parte deles possui a informação do todo. Assim, um pequeno pedaço de um holograma tem informações da imagem do mesmo holograma completo. 

Se a saúde não é uma coisa que precisemos buscar, já que é nosso estado natural, então, por que há tantas pessoas doentes? Porque os seres humanos estão na contramão da sua própria Natureza, da sua essência. A resposta parece óbvia, mas nem sempre é entendida ou aceita. 

Quem compreender profundamente o que está sendo dito aqui e se permitir viver essa experiência, estará dando os primeiros passos para a construção de uma nova realidade de saúde plena. 

A medicina ocidental vê o ser humano como resultado de processos meramente químicos e biológicos. É como se fôssemos máquinas que se comportam de forma pré-determinada, assim como relógios que, quando defeituosos, devem ter suas peças reparadas ou trocadas. Essa visão propiciou os avanços médicos que dispomos hoje como medicamentos, cirurgias, transplantes, vacinas, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia.

Mesmo com todo esse arsenal, as doenças crônicas físicas ou mentais estão ganhando terreno. 

As causas das doenças segundo a medicina oficial são: dieta inadequada, o sedentarismo, a genética, e a exposição a substâncias e radiações tóxicas.

Já a milenar Medicina Oriental trata o ser humano de uma forma mais holística, considerando as emoções e o espírito (ou a consciência) como fatores tão importantes ou mais que os físicos.

Por sua vez, a nova visão de mundo que está surgindo com a Física Quântica considera a consciência como fator essencial para se entender o funcionamento do Universo. O que as tradições filosóficas e espirituais vinham apontando há milênios, agora pode ser explicado pela ciência.

Espiritualidade e ciência convergem para o fato de que a consciência (ou espírito) é a base de tudo o que há, incluindo a matéria e , por conseguinte , o nosso corpo. 

Sendo assim, o adoecer e o curar é mais uma questão relativa ao grau de consciência que o ser apresenta - aspectos mentais, emocionais e espirituais – do que propriamente de fatores externos a ele.


Continua.

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